O Mercado de Jogos, desde o início da Pandemia do Covid-19, está em amplo crescimento apesar da crise econômica existente em diversos setores. Com isso foi possível? Na realidade, a epidemia mundial causada pela propagação do Corona vírus foi, indiretamente, um dos grandes impulsionadores do setor em 2020.
Com a necessidade do isolamento social, conforme as recomendações de segurança da Organização Mundial da Saúde, muitas pessoas voltaram-se para os games. Seja para ocuparem as horas ociosas dentro de casa. Seja para lidarem com a própria ansiedade. Ou mesmo para se manterem conectadas à outras pessoas, ainda que virtualmente.
De acordo com pesquisa realizada pelo site Deloitte, mesmo antes da Covid-19, a popularidade dos jogos já vinha crescendo nos anos recentes. Desde usuários de versões mobile aos gamers adeptos de experiências multiplayers imersivas. Da mesma forma, o questionário aplicado revelou que um quarto dos consumidores colocava “jogar vídeo games” como uma das opções de suas “TOP 3 Atividades de Entretenimento Favoritas”.
O Crescimento nas Grandes Empresas
Em abril, a Microsoft divulgou que o número de assinantes do serviço Game Pass atingiu 10 milhões – um crescimento de 70%. Simultaneamente, a empresa também relatou um aumento de 130 % no número de partidas multiplayer entre março e abril. Do mesmo modo, a Nintendo anunciou que as vendas de seu console Switch aumentaram 24%. Assim como, apesar do atraso no lançamento, os aguardados jogos do PlayStation 4, da Sony, The Last of Us Part II e Ghost of Tsushima, conseguiram ter 4 milhões e 2,5 milhões de unidades vendidas, respectivamente. Isso apenas nos três primeiros dias.
De acordo com a Newzoo, empresa especializada em compilar dados, no final deste ano, haverá 2,7 bilhões de jogadores em todo o mundo. Com 2,5 bilhões jogando no celular, 1,3 bilhão jogando no PC e 0,8 bilhão no console.
Bem como, segundo essa mesma pesquisa, a expectativa de lucro do mercado de games para 2020 é de US$ 159,1 bilhões (R$ 851 bilhões). Atualmente, o ganho é predominantemente impulsionado pelas regiões com os mercados mais emergentes. Como resultado, as projeções apontam um faturamento de US$ 200 bilhões (R$ 1,7 trilhão) para 2023.
Esse valor de US$ 159 bilhões deve-se ao somatório dos lucros dos ramos de console (45,2 bilhões), PC (US$ 36,9 bilhões) e mobile/celular (U$ 77 bilhões). A perspectiva é que em novembro e dezembro, e com o lançamento dos novos PlayStation 5 e Xbox Series X e S, esses ganhos aumentem ainda mais.
Mercado Brasileiro e Oportunidades de Emprego
Tal crescimento se reflete também no mercado brasileiro de jogos. O site Pequenas Empresas, Grandes Negócios traz como exemplo de sucesso o Gartic, criado pelo CEO da Onrizon, Henrique Almeida, em 2007. O game de adivinhação através de desenho computa mais de 750 mil acessos diários em 190 países diferentes. Na Indonésia, o Gartic é um dos aplicativos mais baixados na Play Store, com 1 milhão de downloads.
Com o crescimento do setor no Brasil, a necessidade de se contratar profissionais da área também aumentou. De acordo com a revista Exame, as desenvolvedoras nacionais passam por dificuldades para contratar mão de obra qualificada. Principalmente em funções-chave, como a de artistas especializados em games.
Contudo, isso não impede que as empresas ampliem as ofertas de vagas no ramo. Um exemplo é a start-up nacional Wildlife Studios, avaliada em mais de US$ 1 bilhão, que já proporcionou 350 empregos em 2020. E pretende contratar mais 310 profissionais.
Para aqueles que desejam se tornar desenvolvedores de jogos, este é o momento ideal para investir em uma formação sólida e de qualidade, como a oferecida pelo Pátio Digital Academy.